terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Balada do Tai-chi ... chiii

1 – A vida é bela ... ... 
e dividida ... ... ... 
comigo e nós ... ... ..
com amor ... 
com amor ... 
2 – Flor dor e amor ... 
a rima é rica ... ... 
enquanto dura ... ... ... 
sempre ... sempre ... ... ...
3 – Sem teto sem luz ... ... 
sem coração ... ... ... ... 
vou doar ... ... ... ... 
dividir ... a vida ... 
 4 – Quem sabe sabe ... ...
 e se sacode ... ... ... 
 quem sabe pode ... ... ...
 e deve ... sempre ... ... 
 5 – O sol nasce para ... ... 
 todos na terra ... ... ... 
e ilumina ... ... ... 
minha alma ... só... ... ... 
6 – Não bebo não fumo ... ... 
 vivo prazeres ... ... ... 
 mais profundos ... ... ..
do mundo de mim ... ... ... 
7 – Não digo não ... ...
digo sim sim ... ... ... 
aos santos anjos Dalais Lamas ... ... ... 
do espírito...e da alma... ... 
 8 – Moisés, Jesus ... ... 
Madre Tereza do Calcutá ... ... ... 
Irmã Dulce, Abbè Pierre... ... ...
 Fraternidade... amor!... ... ... 
9 – Ouço todas as vozes ... ... 
do meu ser ... ... 
da minha vida ... ... ... ... 
abençoada... por nós... ... ... 
10 – os deuses oram ... ... 
por nós e nós ... ... ...
por quem, quem?... ... ... 
O que eu sou, sou? Sou... ... ... 
11 – Saúde comunitária ... ... 
Meio ambiente ... ... ... 
Ajudo a gente ... ... ... ... 
Trabalho ... Oro, pater... ... ... 
12 – Corpo e alma ... ... 
Luz coração ... ... ...
Verde arco-íris ... ... ... 
Devoção... família ... ... ... 
13 – Estudo, vivo ... ... ... 
 Leio discuto Chaplin ... ... ...  
Concordo discordo ... ... ... 
 Fé ... Fé ... Verdade ... ... ... 
14 – Peixe, água, pássaros ... 
sol e cabana ... ... ...
vida livre ... ... ... ... 
 Agora... Na Praça... No Clube ... ... ... 
15 – Dividir para somar ... ... 
 dormir para sonhar ... ... ... 
 Meus ............. olá ... ... ... ... 
 Trabalhar e sanar .. ... .. 
 Olá olá olá ... ... ... 
 Olá... obrigado Senhor.

 Acompanha, cada exercício, músicas líricas e populares, cantadas ou orquestradas, preferencialmente de: 
1 – Villa-Lobos – “Trenzinho caipira” 
2 – Bach – uma bachiana 
3 – Pixinguinha – valsa
4 – Glenn Miller – jazz 
5 – Orquestra Tabajara – “Aquarela”
6 – Índios Xavantes
7 – Forró do Luiz Gonzaga
8 – Renato Teixeira – “Romaria” 
9 – Boldrin – “Romaria” 
10 – Jobim/Vinícius 
11 – Chico – “Construção” 
12 – Noel Rosa – samba carioca 
13 – Shanpiar – Meruhim – indu 
14  e 15 – “Jesus alegria dos homens”

Texto em forma poético/musical de Luiz Ernesto Kawall

TÔNIA, AMOR E ROSA EM UBATUBA

Tônia Carrero. ... ... e dois, 
Mulher de mil belezas
Três casamentos, mil amigos 
A dama-maior 
Da cena nacional
Ubatubou, no Horto Florestal...
(linda de morrer e de ver). 

Na noite do Divino 
Sexy e maravilhosa 
Deitou e rolou 
Sua poesia e sua prosa 
Sua cultura e arte 
No palco improvisado da Fundart...
(a apenas 15 reais). 

Graciosa e inspirada
Toda pureza e demônio 
Lembrou de seus amores 
Vivas lembranças, desenganos 
Muitas flores, muitas dores sol,ar, lua, raça, alma... 
(e o público aplaudiu de pé). 

Trocou em miúdos 
45 anos de palcos e glórias 
Vinícius e Jobim, Bibi
Bandeira e Clarice Lispector 
Nelson Rodrigues e Di 
 E o maior fã – Paulo Autran... 
(além do cronista Rubem Braga). 

Tonia assim amorosa 
Carismática estrela 
Desdêmona e Lady Macbeth 
Fazendo-se humilde e simples
Defendendo a cultura brasileira 
Abrindo-se inteira, toda rosa...
(volte logo, menina). 

Texto de Luiz Ernesto Kawall, Sítio Sapé, 20,7,95. 

Para: Cícero Assunção, homenagem. 

Publicado no jornal A CIDADE, de 23 de julho de 1995. Por ocasião do espetáculo “Presença de Tônia”, realizado de 14/7/95 no Salão do Horto Florestal.

RÉQUIEM DE UBATUBA

Deixo em m/ casa de Ubatuba, 
ex Sítio Sapé, u’a coleção de pura arte ubatubense, 
qual seja, arte caiçara, 
de puro sapé,
folclore típico, artesanato popular 
Peças recolhidas nos desvãos dos sertões alegres, 
Em noitadas festivas, 
Com o bom violão 
E o legítimo linguajar dos caiçaras, 
João Primitivo Puro, 
João Alegre. 
Mil festivais de viola, 
Lembrando Cascatinha e Inhama, Zé e Zilda,
João Alegre, O Caiçara armorial do Monumento,
à entrada da cidade 
Puro artesanato, 
Arte caiçara autêntica 
 Jamais olvidada 
Casarão Guisard e João Alegre 
No mais puro primitivismo folclórico, 
João e amigos
Bons entendidos na arte que é eterna e não morre: 
A arte do caiçara puro.

O MESTRE

Qual a faceta mais interessante de Paulo Florençano? 
Como desenhista, foi exímio e primoroso. 
Como folclorista, estudioso e pesquisador de campo. 
Como memorialista, abrangente, completo. 
Como historiador, detalhista, seguro, magnífico. 
Como escritor, ameno, retratador da realidade. 
Como museologista teve uma ação de grande monte, para Taubaté, o Vale do Paraíba, S. Paulo. 
Como conferencista, era agradável, gostoso de ouvi-lo. 
Como jornalista, brilhou na imprensa, cuidadoso. 
Como cidadão, prestante. 
Como esposo, fundiu exemplarmente sua vida à de Wanda. 
Como orador, teve seus arroubos cívicos. 
Como contador de estórias, prendia a atenção sempre. 
 Como colecionador, soube selecionar o joio do trigo. 
Como amigo, era o amigo querido de todos. 
Podemos dizer, por fim, que, como Taubateano, foi um virtuoso vale paraibano, 
como vale paraibano, foi um eminente paulista, como paulista, foi um brasileiro 
que honrou a sua pátria. 
Valeu mestre. 
Paulo. 

Poema escrito em 3.5.1989 por Luiz Ernesto Kawall.
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Ô bairro, ôô Praça!

Pinheiros é onde moro e vou me encantar...” um dia. 
Onde se vive e a fragilidade da vida e o dogma da fé. 
Os Tropeiros de Sorocaba e de Itapetininga, 
do Largo do Batata, os japoneses, os chacareiros das mudas e flores. 
Clube dos alemães, dos grã finos 
Kobra e os grafiteiros 
As Igrejas, a fé popular, sempre. 
Gente subindo e descendo a Cardeal e a Teodoro 
A pé, de ônibus, em motocicletas velozes, em aluvião. 
As Clinicas e seu metrô apinhadíssimo 
Até a Vila Mariana ou os altos do Ipiranga 
Passando pelo Paraíso. 
Benedito Calixto, o pintor das marinhas santistas 
Na Praça e na Associação: 
Discos, doces, pastéis e artesanato. 
 Bugigangas. Museu da Voz. 
Aos sábados a gente vive nela um faroeste tipo Indiana Jones. 
Arte e cultura: o autor na praça. 
A Maria Emília, o Edson, a Cris estoica, a famosa d. Lyria. 
Alberico no pedaço. 
Bancas de jornais, árvores centenárias, ainda. 
O mineiro Consulado, o São Benedito, a Beleza, 
O bom jardineiro, 
 Lojas por demais sofisticadas... 
Jovens, gentes, blábláblás 
Chopes e cantorias. 
Nós somos os moradores-condores da Praça. 
Ô bairro.
Ôo Praça!

BALAIO DA ROÇA

“No Balaio da Roça você não põe, colhe... 
Você não vai, está... 
E melhor, não come, consome... 
Consome ar puro, sol preguiçoso, riacho encachoeirado,
Verde-que-te-quero-verde, 
Farofa mágica, 
Lombinho histórico e folclórico. 
E conversa fiada destes Brasis, 
Com Pasins da vida, 
Bruxas enluaradas do Vale. 
Isso tudo, 
Esta saga caipira, 
Esse doce estar perdido no tempo,
É o achado do Bahia 
E da mágica Ingrid...
Esse é o resgate, 
Humano e simples, 
Ambiental e feliz destas pedrinhas – 
Que assim, 
Estão no contra forte majestoso
 Da imperial Mantiqueira! 
 Valeu.” 

Poema de Luiz Ernesto Kawall
Folder 
“Balaio da Roça – Artesanato de Forno & Fogão”

IMORTAIS JAGUNÇOS

Para:
(in memorian) Arakaki Masakazu 

O Brasil cultua 
Múltiplos geniais
“Capitão Jagunço”. 
O Capitão Jagunço 
De Paulo Dantas 
É o nordestino 
Paulo Dantas... 

Lobato é caipira 
Capitão Jagunço. 
Rosa Jagunço é 
Capitão das Gerais. 
E Euclides Capitão 
 Jagunço dos Canudos 
do fim do mundo... 

‘Não deixemos o tempo
matar os nossos mortos”
Capitães Jagunços 
 Dantas e Lobato 
Rosa e Euclides Alma e coração 
Imortais e eternos... 
Jagunços